A paternidade de Jason é um problema para todo mundo que curte os filmes Sexta-Feira 13. E, aqui no Canal Terror, a gente tem um carinho muito grande por tudo que gira em torno do serial killer da franquia Sexta-Feira 13. E esta é uma das principais razões de termos acompanhado com grande interesse todos os imbróglios envolvendo Voorhees, tanto dentro quanto fora das telas. A grande questão é que, nos últimos anos, nada de novo da franquia tem acontecido em razão de uma questão muito simples: a disputa entre Victor Miller (roteirista original e criador do conceito) e Sean Cunningham, da Horror Inc, diretor dos primeiros filmes e criador da ideia da máscara de hóquei e outros elementos do personagem e da franquia.
Em resumo: a questão da paternidade de Jason
Basicamente o problema foi o seguinte. Nos Estados Unidos há uma lei que permite que os direitos de uma obra artística retornem aos seus criadores depois de uma certa quantidade de tempo.
Assim, os direitos do filme, foram pedidos de volta pelo escritor original – praticamente o criador – Victor Miller. Miller pediu, inicialmente que Sean Cunningham e a Horror Inc. – atuais detentores dos direitos – passassem a inclui-lo nos projetos e, claro, nos lucros.
Mas Cunningham e sua empresa não admitiram isso e levaram o caso para a Justiça dos EUA, travando todo e qualquer projeto referente ao universo de Jason Voorhees. Uma das vítimas desta história foi o jogo Friday: the 13th, que teve problemas com sua comercialização e updates pouco depois do início do processo judicial.
A Corte então entendeu que o cenário e a ideia da criação de Jason Voorhees deveriam voltar às mãos de seu criador, Victor Miller.
O problema é que Jason Cunningham e sua empresa Horror Inc. – atuais detentores dos direitos autorais – não curtiram nada a ideia de encaixar Miller nos projetos referentes ao universo de Sexta-Feira 13. Muito menos curtiram a ideia de que Miller também participasse dos lucros. No final das contas, levaram o caso para a Justiça que acabou favorecendo Miller. Ou seja, após décadas, todos os direitos autorais de Sexta-Feira 13, findados os prazos contratuais, deveriam retornar à Miller. Na sequência, Cunningham apelou e o processo voltou para a justiça.
Por óbvio, uma coisa acaba inviabilizando a outra. Não tem como lançar filme só num país, ou muito menos lançar algo de Jason sem sua característica máscara de hockey, né?,
Como está agora?
Marc Toberoff, um advogado de direitos autorais de Malibu que representa Victor Miller, disse à CNN: “Agora podemos licenciar um remake, prequela ou até mesmo uma sequência de filmes… Em outras palavras, Miller só pode usar elementos do filme ORIGINAL Friday the 13th, que obviamente não inclui o Jason Voorhees adulto.
Isso significa que Miller também não pode usar a icônica máscara de hóquei, mesmo que seja usada por um personagem diferente, e descobrimos que ele também não possui o título sexta-feira 13.
“Podemos licenciar séries de televisão, explorando Crystal Lake e como Jason se tornou quem ele é – pense em ‘Twin Peaks’ ou ‘Bates Motel’”, reflete Toberoff, lançando possíveis ideias.
Em outras palavras, Miller tem apenas o jovem Jason Voorhees à sua disposição, então teoricamente ele poderia trabalhar com cineastas em um projeto envolvendo os primeiros anos de Jason – antes da máscara. Presumivelmente, ele também poderia usar o personagem da Sra. Pamela Voorhees, a assassina do filme original.
Mas o outro grande problema aqui é que Miller só tem direitos sobre o roteiro nos Estados Unidos, o que significa que ele não pode fazer um filme com distribuição mundial.
“Miller precisa convencer um estúdio a fazer essa coisa que só pode ser distribuída nos EUA”, disse à CNN o advogado de entretenimento/estrela de Sexta-Feira 13ª Parte 3, Larry Zerner. “Podemos ter esse argumento teórico de que você pode fazer um filme que não infrinja os direitos de ninguém, mas alguém vai fazer isso seriamente sem direitos mundiais? Eu duvido.”
Continuaremos, de cá, acompanhando tudo sobre a disputa pela paternidade de Jason e o retorno das produções em torno da franquia. Fiquem ligados.
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